Já ouvi em muitos livros sobre a tal da ‘eterna insatisfação humana’, onde se fala muito sobre a incansável busca pela felicidade que nunca é alcançada, ou pelo menos na consciência da pessoa. Muitas vezes, somos felizes e não sabemos ou fingimos não saber. Dissimulamos alegrias e tristezas, que são máscaras de uma falsa realidade. Sentimentos que são levados pela rotina, pela convivência e pela fraqueza e até pena. Há relacionamentos que não são mais vividos, mas sim levados pela obrigação e pela intimidade conquistada que se torna dolorosa ao perdê-la. Recomeçar do zero é sempre cansativo e difícil, muitos preferem continuar na situação atual de não felicidade do que adentrar novos caminhos. Quando o faz, acaba cansando-se novamente e sentindo-se mais insatisfeito. Quanto mais se recebe, menos se retém, ou seja, se lhe é oferecido muito amor, menos da metade é absorvido. Já quando não é dado o amor necessário, achando-o pouco, corre-se para alguém que lhe proporcione mais. Logo, nunca estará inteiramente satisfeito com nada, porque o excesso é cansativo, o meio termo é sem graça e a falta gera cobrança. Quem já viveu um grande amor que foi interrompido? Um dos lados sairá atordoado e cheio de culpa, o outro insatisfeito a procura de algo novo que lhe traga mais felicidade.
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