quinta-feira, 10 de setembro de 2009

NaruHina - Capítulo VIII – Como se fosse ontem


Capítulo VIII – Como se fosse ontem

Já eram seis horas da tarde, mas em Konoha ainda havia bastante sol. No verão, o dia sempre começa mais cedo e termina mais tarde. Dias mais longos, noites mais curtas. Perfeito para os namorados – assim imaginou Sakura. A janela do seu quarto, semi-aberta, deixava entrever um pouco do céu alaranjado enquanto ela vestia seu novo vestido branco que a mãe costurara dias atrás. Penteou os cabelos se olhando no espelho e percebeu que havia algo de muito diferente em si mesma. O olhar. Seus olhos denunciavam toda a alegria que a inundava. Quando estava com Sasuke, às vezes tinha o medo de sufocar de tanta felicidade.
“É tão bom amar e ser amada!” pensou sorrindo se encaminhando para a cozinha, onde sua mãe estava.
- Vai sair? – perguntou a Senhora Haruno.
- Sim. Vou dar um pulinho lá no hospital e depois talvez faça uma visita ao escritório da Tsunade-sama.
- Você tem plantão hoje? – perguntou enquanto colocava bolinhos de arroz em uma caixinha de lanche que já estava quase transbordando de comida.
- Não, é minha folga.
A senhora Haruno parou o que estava fazendo e olhou preocupada para a filha.
- Sempre que você está de folga e decide “dar um pulinho” no hospital, acabam te fazendo passar a noite toda lá. Ao invés de ir procurar mais trabalho além do que já tem, deveria passar o tempo livre com seu namorado.
Sakura corou.
- Ele saiu hoje de manhã para uma missão e não sei se já voltou...
- Então vá fazer uma visita e veja se ele já está de volta. Assim se ele te levar no hospital, não vai deixar que te prendam por lá. E leve isso. – disse entregando a caixinha de lanche daquelas japonesas, bem fechada – Eu sei que ele tem estado muito ocupado, e como não tem quem cozinhe para ele, acho que deve estar comendo muita besteira por aí.
Sakura sentiu o aroma da comida de sua mãe. O cheiro estava delicioso.
- Ele vai ficar muito feliz, mãe! O Sasuke adora sua comida!
- Aproveite e convide-o para jantar conosco amanhã. Se quiser, pode chamar o Kakashi-sensei e o Naruto-kun. Ah e a namorada dele também! Quero muito conhecê-la!
- Namorada? De quem? Kakashi-sensei?
- Não, do Naruto-kun mesmo. Mas se o Kakashi-sensei quiser trazer a namorada pode trazer também.
- Mas... O Naruto não tem namorada.
- Tem sim! Ora, você é amiga e não sabe? Você está trabalhando demais.
Agora ela estava mais confusa ainda. Do que sua mãe falava?
- Mãe, me explicar essa história direito.
- Bem eu estava comprando um novo livro de receitas lá na livraria quando ouvi o Tanaka, o dono, comentar que o Naruto-kun tava namorando com a menina dos Hyuuga.
- A menina dos Hyuuga?
- Sim, a herdeira. Hinata é o nome dela se não me engano.
Quase que a Sakura deixava cair o jantar de Sasuke pelo chão.
- Viu, não disse que você estava trabalhando demais? Não sabe nem do que se passa com os amigos. Agora ande logo antes que a comida esfrie!
- T-Tá.
“Será que é verdade?” Sakura começou a questionar depois que saiu de casa. Realmente fazia algum tempo que não via Naruto (desde que ele começou a estudar para o teste), e não havia intimidade suficiente entre ela e Hinata para perguntar sobre o possível relacionamento. Mas realmente seria possível? Será que sua mãe não tinha se enganado? Afinal o Naruto era tão burro e a Hinata tão tímida... Poderia ser só um mal entendido... Todavia, achou melhor deixar esse assunto pra depois. Namorados ou não, iria fazer o que sua mãe pedira e convidar os dois para jantar em sua casa. Talvez devesse aproveitar e convidar a Ino e o Sai. E Kakashi também. Precisava se divertir um pouco e nada melhor do que um jantar com os amigos mais chegados.
Animada com a idéia, apressou o passo em direção à casa de seu namorado. Não demorou muito tempo e já estava na entrada do antigo bairro do clã Uchiha. Agora ele se chamava Kokoro no heian (Paz de espírito), nome escolhido pelo próprio Sasuke. Muitas famílias procuravam o novo bairro para morar depois que ele foi reconstruído e colocado a disposição para o aluguel de casas. As procuras vinham principalmente de novas famílias, ou seja, de pessoas que haviam se casado há pouco tempo. Por isso era muito comum ver crianças pequenas e mulheres grávidas pelas ruas. Muitas acenavam para ela enquanto se encaminhava para a última casa da rua, onde morava Sasuke. É claro que ainda havia prédios que continuavam fechados, como era o caso do antigo prédio da delegacia Uchiha. Tsunade andava procurando uma utilidade pública para ele, mas como ainda não tinha entrado em acordo com Sasuke, por hora o prédio continuava adormecido esperando o destino que seu dono lhe daria.
Chegando em frente a única casa que ainda exibia o Leque de fogo, símbolo dos Uchiha, em sua fachada, Sakura lembrou do dia que Sasuke decidira voltar a morar na sua antiga casa, onde outrora dividia com a família. Ela estava praticamente arruinada, porém todos seus amigos ajudaram na reforma, até o Sai. Depois de dias de trabalho duro, conseguiram fazer com que sua beleza fosse recuperada.
Como sempre, o portão estava aberto. Naquele lugar tranqüilo não havia motivos para trancas nos portões. Nas portas, no entanto, eram necessárias, mas Sakura não se importou já que tanto ela quanto Naruto tinham as chaves da casa. Como o morador estava sempre envolvido com missões nos últimos tempos, precisava de alguém para limpar a casa quando se ausentava por muitos dias.
Quando Sakura colocou a chave na fechadura, porém, constatou que esta se encontrava destrancada. Mas não parecia haver movimento nenhum na casa. Como todo ninja, desconfiou do silêncio por isso tirou sua kunai que trazia na cintura e adentrou devagar na sala. O relógio tiquetaqueava marcando quase seis e meia e os raios do sol já estavam desaparecendo, mergulhando o ambiente na escuridão. Contudo, não havia uma única lâmpada acesa, apenas uma luz tímida parecia brilhar sonolenta na cozinha, para onde a garota se dirigiu então. Aproximando-se, Sakura constatou que alguém devia ter colocado água para ferver e a esquecera lá. Ou não pudera desligar, já que a água se evaporara completamente e o fogo “cozinhava” apenas a chaleira. Procurando qualquer indicio de luta, ela olhou atentamente o fogão, quando ouviu passos às suas costas. Rapidamente atacou o vulto, lançando sua kunai e ficando em posição de ataque. Porém Sasuke conseguiu segurar a arma antes que esta atingisse seu rosto e sorriu.
- Que forma violenta de me cumprimentar – reclamou acedendo à luz da cozinha.
- Ahhh! – exclamou Sakura quase desfalecendo de alívio – Era você!
- Sim, sou. – Sasuke bocejou – Acho que adormeci depois de colocar água no fogo. Será que faz muito tempo que ela secou? – perguntou preocupado tirando a chaleira de cima do fogão e apagando o fogo.
- Acho que você vai precisar de uma chaleira nova. – riu a garota apontando para o objeto semi-derretido.
- Droga. Onde vou ferver minha água agora? Como vou fazer meu almoço?
- Hã... Não seria janta? – disse apontando para o pôr-do-sol que entrava pela janela.
Sasuke olhou surpreso para ela.
- É tão tarde assim?
- Que horas você chegou?
- Umas duas, não lembro direito... Cheguei, coloquei a água no fogo e subi pra tomar um banho e... adormeci na cama.
- Aquela chaleira ficou quatro horas no fogão?! Tem sorte de não ter tido um incêndio aqui!
- Ai, que fome... – ele ignorou a reclamação dela abrindo a porta do armário – O que tem fácil pra comer por aqui que não precise de água fervida?
- Não se preocupe com a janta. – disse ela ainda chateada com a historia da chaleira, mas entregando a comida que sua mãe mandara.
- Acho que sua mãe salvou minha vida! Ah, que cheiro bom! – exclamou ao abrir a caixinha.
- Vou te preparar um suco. – Sakura suavizou a expressão. Vê-lo sorrir era tão bom!
- Não vai comer comigo?
- Já comi em casa. E depois não tiraria comida da boca de uma criança faminta.
- Muito faminta. Opa, sua mãe colocou até o ohashi aqui. Itadakimasu.
E começou a comer vorazmente. Sakura preparou um suco pra ele e depois se acomodou em uma cadeira à sua frente. Ficou observando-o comer, carinhosamente reparando cada gesto, cada movimento. Ainda não acreditava que tinha passado tanto tempo longe dele e que só agora tinham a oportunidade de ficarem mais perto.
- Tem certeza que não quer? Ta uma delicia.
- Fique a vontade e coma tudo.
Depois que ele terminou, colocou a vasilha na pia e começou a lavá-la.
- Deixa que eu faço isso. – pediu Sakura, tirando ele de lá – Faço isso e depois você pode ir comigo no hospital ver como estão as coisas.
- Mas hoje não é sua folga?
- É, mas eu quero ver se ta tudo em ordens.
- Em outras palavras você quer ir procurar fazer o trabalho dos outros. Não acha que já faz o seu bem demais?
Sakura soltou uma risada.
- Agora você falou igual a minha mãe. Ela não queria que eu fosse lá hoje.
- E ela está certa. É sua folga. Além do mais – ele baixou o tom da voz – achei que você tinha vindo ficar comigo aqui...
O tom magoado com que ele falara cortou seu coração. Devia ser doloroso ficar sozinho naquela casa cheia de lembranças por todos os cantos.
- Tudo bem. Vocês venceram. Não irei naquele hospital hoje. Ficarei aqui com você por um tempo.
- Ótimo! Aproveita e me ajuda com umas caixas aqui no meu quarto. Tem um monte de coisa velha que vou doar pro orfanato e queria separar tudo hoje.
- Então era pra isso que você me queria aqui, seu aproveitador! – disse ela se fingindo de ofendida – Volte aqui, vou tirar dissecar você para levar seus órgãos para estudar!
Eles foram até o quarto dele rindo, e quando chegaram lá começaram imediatamente a arrumação.
- Ah, Sakura – disse ele tentado parecer displicente – Comprei pra você na capital.
Sakura pegou a sacola que Sasuke lhe entregou e ficou chocada com o conteúdo.
- Não acredito!Você comprou o novo cd do Asian Kung Fu Generation pra mim!
Sasuke evitou olhar para ela.
- Eu lembrei que você gostava. E não foi difícil conseguir por que tem muitos e parece que eles estarão fazendo um show único aqui no País do Fogo, lá na capital... E achei que você talvez quisesse ir...e...
- Claro que vou querer! Se você for é claro... Que dia será?
- Dia 25.
-Hum, ótimo! – e dando um apertado abraço nele sussurrou – obrigada...
- Ta vamos continuar com isso – ele falou parecendo estar muito envergonhado.
A arrumação demorou algum tempo. Eram diversas caixas, cada uma com um conteúdo diferente, mas a grande maioria constituía-se de coisas do clã Uchiha. Objetos de arte, tapeçarias, jóias... Tudo que pudesse ter valor estava indo pra caixa de doações.
- Tem certeza que quer doar tudo isso? - perguntou Sakura.
- Sim. A Hokage-sama pode leiloar a maioria das peças. Muitos daymio pagarão alto para ter as ultimas relíquias dos Uchiha.
- Não vai ficar nada aqui?
- Só o que pertencia a minha família ou que tenha qualquer utilidade de combate.
Realmente Sasuke estava mudado. Falava agora do seu clã sem aquele rancor de antes, com total desprendimento.
- Oh! – exclamou Sakura – Veja o que eu encontrei!
Era a foto antiga do time sete com Kakashi-sensei, logo que eles se tornaram genins. O porta-retrato já estava cheio de cupim e a foto estava amarelada e roída nas pontas.
- Acho que ainda dá pra salvar! – disse ela tirando a foto do porta-retrato e colocando este na caixa “lixo”. E procurando na caixa “doação”, encontrou um porta-retrato de porcelana, onde colocou a foto – Pronto! Isso você não vai doar mais! Veja, ficou perfeito!
Ela passou os dedos pela foto com carinho.
- Nossa, eu me lembro como se fosse ontem... Meu cabelo era tão grande! – e levando a mão aos cabelos suspirou – Nunca mais tive paciência de deixá-lo desse tamanho. Quando ele passa dos ombros, já corto.
Sakura se surpreendeu quando, de repente, Sasuke a abraçou por trás.
- Eu adoro seu cabelo assim mesmo. – falou passando a mão na nuca da garota.
- Ah... Obrigada.
- Eu também achei algo. Vai ficar ótimo em você.
E dizendo isso, colocou no pescoço dela uma fina gargantilha de ouro, onde pendia um singelo medalhão. Sakura levantou-se rapidamente, procurando o espelho.
- Era de minha mãe. – disse Sasuke tocando o medalhão, onde estava gravado o símbolo do clã – Abra. – pediu.
Sakura obedeceu. Dentro do medalhão um Sasuke criança sorria para ela. Do outro lado não havia foto nenhuma.
- Quem estav..
- Itachi. Mas eu já joguei a foto dele fora
Vendo sua imagem refletida no espelho, os olhos da garota começaram a marejar em lágrimas.
- Eu não posso aceitar isso...
- Pode. E vai aceitar.
- Mas era da sua mãe...
- E agora é seu.
As lágrimas que antes ameaçavam cair, agora banhavam o rosto de Sakura. Não eram lágrimas de tristeza, mas de emoção e alívio. Vendo-a naquele vestido, mesmo em prantos, ela parecia um anjo. Um anjo cuja única missão parecia ser acalmar o seu coração. Sasuke enlaçou seus braços em torno da cintura dela e a beijou. Um beijo apaixonado, necessitado, como se fosse morrer se não pudesse estar com sua boca colada naqueles lábios úmidos de lágrimas. Sakura retribuiu o beijo na mesma intensidade, sentindo seu interior queimar de paixão e desejo. O silêncio prevalecia na casa e só era quebrado pelos suspiros e murmúrios que entrecortavam as caricias. As mãos dele percorriam o suave corpo que, trêmulo, vibrava a cada toque.
- Sakura... – ele sussurrou em seu ouvido – Eu te quero...
Ele não precisou repetir o pedido. Não havia o que pedir, nem o que esperar. Sofrera por ele durante seis anos, e não ia esperar por mais tempo nenhum. Ela o queria agora. E ele a queria a todo o momento. Suas mãos trêmulas encontraram a barra do vestido dela e o tirou sem nenhum esforço. Ela, em sua ânsia de encontrar a pele por baixo da camisa, rasgou-a com suas unhas. Eles se debruçaram no chão, o único lugar onde não tinha nenhuma caixa ou objeto e aprofundaram ainda mais as caricias. Em pouco tempo, já afarvam de prazer e seus gemidos se confundiam com o tiquetaquear do relógio na sala ao lado. Quando Sasuke suspendeu-a em seus braços, procurando conforta-la junto a seu corpo, seus olhos se deteram na foto antiga que parecia os observar no seu novo porta-retrato. Ele parou por um instante.
- Qual o problema? – perguntou Sakura.
Com a ponta dos dedos, Sasuke virou a foto para baixo. Não queria nenhuma espécie de testemunha naquele momento.
- Nada mais... – ele sussurrou antes de mergulhar no mar dos braços dela novamente.

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Naruto coçava a cabeça e se remexia na cadeira. Depois, começou a comer a ponta do lápis. Levantou o caderno e leu. Baixou o caderno e recomeçou a rabiscar. Depois coçou a cabeça novamente. Por esses movimentos, Hinata já sabia que ele estava tendo dificuldades em responder a questão. E já eram quase seis da tarde.
- Naruto-kun... Quer que eu te explique de novo?
- Não, não. Já to quase acabando.
Mas não estava. Ele se remexia constantemente na cadeira e olhava nervosamente para o relógio.
- Hã, Hinata? – chamou ele quando Keigo começou a colocar todos para fora da biblioteca – Me explica isso de novo rapidinho...
Ela pacientemente explicou de novo o assunto.
- Ok, agora eu resolvo.
- Agora não por que eu to fechando a biblioteca. Vai ficar pra depois.
- Ahhhhhhhh, Keigo! Só mais cinco minutinhos!
- Nem meio, quanto mais cinco!
- Droga... – resmungou Naruto.
- Pode levar pra casa e resolver Naruto-kun. Você me mostra amanhã.
- Certo.
O ritmo de estudo deles agora chegava há quase dez horas por dia. Chegavam por volta das oito, paravam em media uma hora para o almoço, e saiam quando a biblioteca fechava. Era extremamente cansativo para ambos, mas no final, o retorno já aparecia, pois os conteúdos estavam sendo abrangidos da forma como Hinata desejava. Faltando uma semana para prova, porém, ambos estavam muito nervosos. Naruto, preocupado com sua prova, tinha sonhos estranhos envolvendo o teste, Hinata, potes de ramen e sapos alienígenas. Hinata, preocupada com a prova de Naruto, sua posse no clã, o desempenho de seus alunos e a eminência de um exame chunin para dali a dois meses onde todo time deixou claro que queria participar, estava cada dia mais pálida, com um semblante cansado e com um agravante: suas crises se intensificaram ainda mais. Até comer doía depois de uma noite vomitando. Sentia que, de algum modo aquilo estava ligado com o estresse a que se submetera nas ultima três semanas, mas não podia faltar com seu compromisso com ninguém. E como se tudo isso não fosse o bastante, o boato de que ela e Naruto namoravam chegara ao clã Hyuuga.
- É tudo um mal entendido. – dissera Neji para seu pai. – Hinata-sama apenas está cumprindo ordens da Tsunade-sama e ensinado Naruto-san para a prova de jounin.
Seu pai não falara mais nada. Mas ela sabia que ele devia estar pensando alguma coisa para interromper essas aulas, já que não estava convencido que era apenas o cumprimento de uma ordem. Muitas pessoas tinham descoberto seus sentimentos por Naruto antes mesmo das aulas, e essas só serviram para consolidá-lo. Por isso, era cada vez mais difícil para ela lhe dar com toda aquela situação.
- E aí, Hinata, - chamou Kiba logo que viu a garota deixar a biblioteca em companhia de Naruto – você não quer dar um pulinho lá em casa? Minha mãe fez torta!
E aquilo também estava acontecendo. Depois que Kiba soubera que ela estava dando aulas a Naruto, sempre aparecia com um convite daqueles no final da aula. Ela escapara sempre dizendo que estava cansada, atrasada, mas ficava com pena do amigo. Ele sempre fazia uma cara tão triste quando ela recusava. Hinata não sabia o que dizer daquela vez.
- É, bem ... Kiba-kun, eu...
- Ela não pode. – respondera Naruto impaciente. O garoto já estava ficando cheio daquela perseguição que Kiba impunha a Hinata nos últimos dias.
- Seu nome é “Hinata” agora, Naruto? Eu estava falando com ela e não com você.
- Será que você não percebe que está sendo inconveniente? Quando Hinata puder ir à sua casa, ela irá!
- Naruto-kun... Kiba-kun... Por favor... – pediu Hinata timidamente.
- Bem, eu acho que “Hinata” é um nome bonito demais pra ele.
Sasuke se aproximava rindo da situação. “Se eles pudessem var a cara de idiotas que estão fazendo” pensou o rapaz.
- Olá, Sasuke-san. –cumprimentou Hinata.
- Olá, Hinata. O que está acontecendo aqui?
Hinata ficou sem jeito. Começou a encostar um dedo no outro e falou:
- B-Bem... O Kiba-kun me chamou pra ir a casa dele e...
- Você está triste por ter que dizer a ele que tem outro compromisso. Entendo. – falou Sasuke.
“Compromisso?” pensou Hinata sem entender.
- Outro compromisso? – perguntou Kiba desconfiado.
- É. A Sakura chamou eles dois para jantar lá na casa dela hoje... É uma pena Kiba que eu não possa te convidar... Mas só vão casais... – Sasuke frizou essa última parte.
Kiba pareceu desolado. Até Akamaru ficou chateado.
- Ok, vou indo. Percebo quando não sou bem vindo.
Hinata olhou triste para o amigo que seguiu cabisbaixo em direção a sua casa.
- Não precisava exagerar Sasuke-san. Realmente o Kiba-kun estava um pouco nervoso e...
- Mas eu não exagerei. Realmente Sakura me mandou chamar vocês dois para jantar lá hoje. Como não quis atrapalhar o estudo, esperei vocês saírem. Agora a parte do casal era mentira. – acrescentou rindo - Kakashi-sensei e Tsunade-sama vão estar lá. Se não me engano, Ino, Shizune e Sai também vão.
Foi então que Naruto percebeu que o amigo não vestia o seu costumeiro uniforme da anbu.
- Ah, por isso você não está fantasiado de pardal hoje! Que pena! – debochou Naruto.
- É uma pena mesmo. Não poderei combinar com sua sempre-cara-de-jumento de todos os dias.
- Ora seu!
- E então Hinata, você vai?
- Bem eu só preciso passar em casa para avisar meu pai...
- Então estaremos te esperamos. – falou animado Naruto.
Ela corou. “Um jantar com o Naruto... mesmo tendo outras pessoas...” pensou feliz.
- Bem, vamos Naruto. Ainda tenho que comprar seu feno...
- VENHA AQUI QUE EU TE MOSTRO ONDE VOCÊ COLOCAR ESSE FENNO!!!!!
“Vai ser divertido também...” lembrou animada.

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